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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Alcoolismo

O consumo de álcool começa cedo, aos 12 – 13 anos, e é considerada a porta principal de acesso às demais drogas.
Qualquer pessoa poderá vir a ser alcoólatra; pois esta doença ataca os seres humanos, e não a grupos ou classes sociais. A própria doença lhe tira a capacidade de controlar-se.
Ameaçar um alcoólatra, apelar para o seu bom senso, conselhos, é quase ridículo, é igual a dizer a um epilético para usar a sua força de vontade para evitar novos ataques.
O álcool é uma ameaça permanente, utilizado como amigo nas horas difíceis. É preciso entender a situação, com seus aspectos trágicos e sofridos e, sobretudo, acabar com os desejos inconscientes de autodestruição.
Algumas pessoas buscam na bebida a compensação (coragem), para seus fracassos nas competições da vida, gerando dependência. Também, em vez de proporcionar maior masculinidade, pode diminuir a potência sexual.
MAU EXEMPLO. Pais, parentes e amigos podem, sem querer, colaborar para a criação de um alcoólatra, oferecendo “só um golinho” a crianças e jovens. É reconhecida a importância do meio ambiente na formação social da criança.
FASE INICIAL – Esta fase pode durar até 15 anos, quando se bebe moderadamente.
FASE INTERMEDIÁRIA – Em média mais cinco anos, (situação de dependência) onde surge a perda da fome, a alimentação irregular, anda sempre nervoso, agitado e deprimido. Bebe por qualquer motivo: para ajudar no trabalho duro diário; para aliviar a fome; para dar energia aos fracos; para “esquentar” quando está frio; para refrescar no calor; diferenciar crianças de adultos; separar os homens dos “maricas”; para servir de consolo e muitas outras representações. Bebe para esquecer, mas como o álcool é anestésico, logo passa o efeito e continuam os problemas agravados por um sentimento de incompetência.
FASE FINAL – Que termina na loucura, na morte ou no desejo sinsero de recuperar-se.
Perde totalmente o senso de responsabilidade, mas no botequim, torna-se um verdadeiro professor de tudo, é amigo íntimo das maiores autoridades da cidade e do estado. Começa a ver “coisas”, ouvir sons, mal se banha e começam a se manifestar os delírios.
Na teoria PSICANALÍTICA, o alcoolismo tem sido explicado por uma fixação oral, que seria a expressão de um conflito subjacente, traduzido pela satisfação imediata das necessidades e pela incapacidade de esperar ou de lidar com as frustrações.
TRATAMENTO - O alcoolismo tem resistido a toda forma de tratamento até hoje, mas a participação em grupos como o dos Alcoólatras Anônimos e a ajuda da família têm ajudado e muito.
O HOSPITAL SARA KUBITSCHEK, de Brasília, vive lotado por pessoas que se tornaram deficientes físicos por causa de algum problema: no trabalho, no trânsito e outros, gerados pela bebida, tomando, assim, espaço de pessoas com doenças físicas congênitas.

Carlos Portela Eduino