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SAÚDE DA FRONTEIRA EM RISCO
Tenho deparado quase todos dias um número cada vez maior de HAITIANOS pelas ruas de Brasiléia e Epitaciolândia a procura de se regularizarem nos órgãos ou setores credenciados como a sede da Polícia Federal, setor de Migração da PF, Comando do Corpo de Bombeiros, Hospital, Postos de Saúde, Ministério do Trabalho para a Carteira de Trabalho e na Receita Federal para o CPF. Sempre em contato com os mesmos, por ter sido um dos primeiros a levantar essa questão nos meios de comunicação a um ano quando começou a chegar vez por outra esses estrangeiros.
Acontece que durante esse ano de 2011 tem chegado um número assustador, principalmente de haitianos, vez por outra chegam Blangadestinos, tailandeses e outros mais, estima-se que tenha ultrapassado a casa dos 1.200 desses estrangeiros, que na sua grande maioria são haitianos fugindo da miséria em que se encontra o Haiti depois da catástrofe. Sabemos que o BRASIL logo ofereceu Ajuda Comunitária lá no Haiti e depois começou a chegada deles no Brasil pelas fronteiras através de Tabatinga no Amazonas e Brasiléia e Epitaciolândia no Acre; já que Assis Brasil, não sei os motivos, não não estão sendo credenciados os mesmos, como que Asis Brasil, que é a porta de entrada, não seja Brasil.
Esses haitianos, devido serem de um país mais pobre, o índice de doenças graves, e algumas desconhecidas para o Brasil, é muito grande. Para se ter uma idéia se juntar a população dos municípios de Brasiléia, Assis Brasil, Epitaciolândia, Xapuri, Plácido de Castro, Capixaba, Senador Guiomard, em vinte anos não tiveram determinados tipos de doenças graves, que metade desses haitianos trouxeram em menos de um ano.
Segundo o que se nota, hoje dia 16 de novembro, é que tem mais de quatrocentos em nossos municípios, sendo umas 90 mulheres tendo algumas grávidas, umas sete crianças e os demais homens. Chega a dar dó da situação em que os mesmos estão vivendo. Nossas prefeituras tem ajudado em muito pouco, o estado depois de algum tempo está ajudando bastante, acontece que nós já temos os nossos problemas, que não são poucos a serem resolvidos. Os haitianos que chegam, logo logo são lhes oferecidos as documentações necessárias de suas permanência em território brasileiro, a grande maioria são de profissionais em várias áreas, que saem de seu país através de cotas de amigos e familiares para arriscarem a vida principalmente em São Paulo, que é o destino na mente de todos eles, não sei de onde partiu a ideia de que em São Paulo tem trabalho a vontade e que os mesmos em poucos meses mandariam dinheiro para a família e ainda trazer mais parentes. Muitos deles com os documentos em mãos saíram para vários estados brasileiros e estão trabalhando, aqui na fronteira não tem trabalho nem para os miseráveis daqui, além do mais que eles não trabalham para ganhar pouco, a diária dos mesmos é bem acima da média do povo daqui, até que vez por outra pessoas saem em busca deles para o trabalho, só não entendo o porque deles não aceitar pequenos serviços dizendo ser pouco o pagamento oferecido, tanto de mulheres como de homens e preferirem viver o que estão vivendo na fronteira. O acúmulo deles é devido que estavam a um mês sem fazerem os vários exames de saúde, talvez por falta de material e de a Polícia Federal só atender três por dia para a legalização dos mesmos no país, isso segundo informações colhidas com os próprios Haitianos; também não sei o dever e limite da PF nesse caso especial.
As igrejas Católicas e algumas Evangélicas até que tentaram ajudar, mas os gastos com a alimentação para com os mais de 1.200 que por aqui chegaram são muitos em relação às pequenas entidades Evangélicas. Atualmente o Governo do Estado tem mantido o almoço e a janta, ficando o café da manhã sem patrocinadores. O governo e prefeituras vinham mantendo eles em Ginásio de esportes, depois em pequenas hospedarias e agora o governo alugou um pequeno hotel com a capacidade para umas 80 pessoas, e com apenas pouco mais de cem colchões, estão vivendo quase trezentos deles. Da dó ver a situação de flagelo que estão submetidos, é fácil ver pessoas e principalmente uma grávida, que pode ganhar filho ainda esse mês, chorando com fome, essa precisou de exames médicos mas saiu do hospital com uma ordem para que se faça em laboratórios particulares ou em Cobija, lado Boliviano, como que a mesma tenha dinheiro. No começo chegavam só homens agora estão chegando é famílias. DE QUEM É A CULPA? Quem proporcionou essa invasão de Haitianos aqui em nossos municípios? Porque eles não ficam em países vizinhos aos deles? É desumano ver as condições de vida que eles estão passando, principalmente o de residência, mesmo sabendo que eles não se sujeitam a trabalhar ganhando pouco, pois eu e muitos daqui, se sujeitaria a trabalhar até pela comida em caso de precisão. Passam o dia inteiro perambulando pelas ruas, e nas praças, menos mau é que o comportamento social dos mesmo são bom. Tem uma casa pequena de madeira, sem água e sem luz, com a capacidade para uma família de quatro pessoas, que estão vivendo, como eu não sei, mais de 25 pessoas.
Não quero eu defender e nem acusar ninguém, tenho feito a minha pequena parte, mas me diga DE QUEM É A CULPA!.
Pelo que estou vendo muitos ainda virão, e o pior de tudo é que a fronteira por Tabatinga não está facilitando a entrada dos mesmos se tornando Brasiléia e Epitaciolândia como a porta de entrada. A rota dos mesmos é Haiti, Panamá, Colômbia, Peru até chegar em Inapari na fronteira do Brasil através de Assis Brasil, só que de Inapari-Peru para Brasiléia e EpitacioLãndia eles enfrentam talvez a maior dificuldade: Os que tem dinheiro pagam até 200 dólares cada a taxistas brasileiros por pessoa e correndo o risco do taxista ser pego, processado e pagar multas caríssimas, os que tem menos dinheiro se arriscam a virem pela estrada boliviana por taxistas peruanos e bolivianos correndo o risco de serem extraditados pelas autoridades bolivianas, já os que nada têm se arriscam a pé enfrentando rotas de tráficos de drogas e por terras bolivianas e brasileiras de forma escondida, passando fome e noites frias na selva amazônica. Chegando aqui eles recebem os direitos de se legalizarem, MAS PORQUE NÃO RECEBEREM ESSES DIREITOS NA PORTA DE ENTRADA QUE É EM ASSIS BRASIL?
As autoridades constituídas dos municípios, me parecem em nada estarem fazendo de concreto, eles não imaginam o risco de doenças e epidemia que estamos sujeitos, eles parecem que não entendem a gravidade do problema, são eles que deveriam se manifestarem a procura de alternativas e dos responsáveis por essa irresponsabilidade e condições sub-humanas a qual estão passando, principalmente à noite em que os mesmos tem que dormirem dividindo um colchão de solteiro até para três pessoas pelos corredores de pousadas e do hotel, muitos deles dormem é no chão mesmo e sem terem locais para por as poucas roupas que têm.
Se persistir a legalização de apenas três por dia, onde vamos parar com os mais de 400 que estão aqui e com os que todos dias estão chegando; pois os que pegam os documentos logo logo deixam os municípios para os grandes centros a procura de trabalho.