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sábado, 10 de dezembro de 2016

QUINTANA, O PADRINHO DE LAMIA

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA PARA FAVORECER AS MAFIAS | A tragédia do Chapecoense foi gestada dois anos atrás quando o Ministro da Presidência de Bolívia propiciou ilegalmente uma “filial boliviana” de Lamia para salvar da bancarrota ao estafador venezolano Ricardo Albacete, uma vez que seu financiador chinês, o mafioso Sam Pa, foi preso por narcotráfico. O avião sinistrado não tinha capacidade real para efetuar voos internacionais. Além, o piloto Miguel Quiroga nunca foi dono dessa nave...

QUINTANA, O PADRINHO DE LAMIA


O prepotente Ministro da Presidência de Bolívia influiu pessoalmente para que a Direção de Aeronáutica Civil troque sua inicial decisão de não autorizar a Lamia voos internacionais. | Foto ABI
O 10 de novembro de 2014, o então Diretor Geral da Aeronáutica Civil (DGAC), Luis Coimbra, advertiu  que a venezolana Lamia, ao igual que a boliviana EcoJet, só poderia operar dentro o território nacional como “taxi aéreo”. Albacete reclamou a Quintana por essa restrição e o Ministro da Presidência pressionou até que o honesto servidor público foi afastado do cargo. Quintana logrou colocar nos céus uma roleta russa voadora. Em troque, o estafador venezolano “aportou” um significativo monto para financiar as “estratégias” dum adito ao poder que não quere deixar o governo quando acabe o mandato constitucional de Evo…


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© Wilson García Mérida | Redacción Sol de Pando no Rio Branco

Miguel Quiroga Murakami junto ao general Gustavo Vargas e o coronel Marco Rocha, os quais convenceram lhe pilotar para Lamia. Eles gerentes, ele “sócio” | Foto archivo Sol de Pando
“Eu não tería voado direto de Viru Viru para Medellin” foi a lapidaria declaração feita, a poucas horas do desastre, pelo coronel da Força Aérea da Bolívia (FAB) Marco Antonio Rocha Venegas, sócio do capitão Miguel Quiroga Murakamy na companhia aérea Lamia, na qual, além, Rocha é Gerente das operações. “Nunca voamos ao limite de combustível, nos velamos pela segurança dos passageiros“, mentiu o militar a uma rádio da Argentina em 29 de novembro, e insinuou com pouco dissimulo que o piloto civil foi o responsável pelo evento terrível, provocando com essa revelação uma onda mundial de repúdio contra o piloto acreano. Assim, á morte física de Quiroga Murakami adicionou se uma desalmada morte civil, sem mais perda de tempo.
Simultaneamente, o mesmo 29 de novembro, para rematar, o general da Divisão Aérea Gustavo Vargas Gamboa, Gerente Executivo e representante oficial de Lamia-Bolivia, declarou num médio escrito de La Paz que Miguel Quiroga não cumpriu o protocolo para reabastecer se fazendo uma escala antes de chegar a Medellín. Segundo publicou o jornal Pagina Siete no 30 de novembro, Vargas Gamboa revelou que o piloto tinha opções de fazer reabastecimento na Cobija ou Bogotá. “Temos que investigar por que ele tomou a determinação de ir de feito direito a Medellín”, remarcou Vargas.
“La aerolínea Lamia le echó la culpa al piloto por la tragedia de Chapecoense”(Vargas Gamboa), o “Director de Lamia cuestionó accionar de piloto del avión del Chapecoense”(Rocha Venegas), são tenores comunes nos titulares do jornalismo nacional e internacional que ambos chefes castrenses provocaram premeditadamente com seu impiedoso ataque a um home morto. Não só procuram “lavar se as mãos”. Elos cumprem uma ordem superior que emana desde o Ministério da Presidência para enterrar o caso junto ao ataúde de Miguel Quiroga Murakami.
Com essa manobra de manipulação informativa, típica duma “operação psicológica” que aprenderam os militares bolivianos na Escola das Américas do Comando Sur, o “bode expiatório” ficou servido na bandeja de prata. Todos apontam a Quiroga Murakamy mas ele já no pode defender se. Assunto resolvido, caso fechado.

Gonzalo Vargas e Marco Rocha, militares vinculados a Quintana e sócios de Albacete, usaram ao piloto Miguel Quiroga para lançar o despegue empresarial de Lamia na Bolívia; agora acusam a ele de ser o único responsável da atroz tragédia. | Foto archivo Sol de Pando
Porém, a família do piloto acreano escarnido começa a falar. Dizem que Miguel Quiroga não foi quem tomara as decisões técnicas nem administrativas na companhia. Ele não tinha nenhum cargo gerencial, ao contrario de Rocha e Vargas que são gerentes, e entre ambos já gerenciaram, anteriormente, voos com o combustível ao limite, ao qual também deveria ser pesquisado pelas autoridades.
Não foi a primeira vez que forçou se á limite extremo a limitada autonomia de voo dessa nave, arriscando vidas humanas alheias e as sujas próprias. De feito, a família dos militares Vargas Gamboa e Rocha Venegas perdeu um de seus integrantes, o capitão Rommel David Vacaflores Terrazas —cunhado do general Vargas e do coronel Rocha— quem estava como copiloto do capitão Miguel Quiroga nesse voo atroz. Rommel David era também tio doutro tripulante da Lamia, o capitão Marco Rocha Vacaflores.
Sabe se também que o general Vargas Gamboa, líder desse equipo, é pai do diretor do Registro de Aeronáutica Civil, Gustavo Steven Vargas Villegas. Foi neste entorno familiar ligado ao Ministério da Presidência de onde saíram as influencias decisivas para que o Jet Avro RJ-85 de Lamia despegara desde Santa Cruz com uma carga de combustível muito “exata” sob a rota até Medellín, sem nenhum margem de previsão, forçando o itinerário e violando as normas internacionais da aeronavegação.
E isso não é tudo. O general Gustavo Vargas que pilotara o avião oficial do presidente Hugo Banzer Suárez nos tempos do neoliberalismo, ao fines dos anos 90, foi ratificado nessa função como piloto da nave presidencial de Evo Morales, graças as influencias doutro de seus camaradas de armas, o ex major do Exército Juan Ramón Quintana Taborga, atual Ministro da Presidência de Bolívia. (Quintana é o encargado da segurança pessoal do presidente Morales, quem —cometendo seu pior erro estratégico que costa lhe ficar como prisioneiro do Palácio Queimado— confiou neste ex militar a organização dum aparato paralelo e clandestino de Inteligência, graças ao qual Quintana controla todos os mecanismos da Segurança do Estado, por em cima do próprio Ministério de Governo).

¿Como e por que chegou Lamia a Bolívia?


Ricardo Albacete, fundador de Lamia, dono do avião sinistrado o 28 de novembro, alugava sua nave para outra “Lamia” na Bolivia, fundada ilegalmente, depois de seu negocio fracassara na Venezuela. Mora hoje na Espanha. | Foto archivo Sol de Pando
Esta companhia cuja sigla é só representativa de Venezuela, do Estado de Mérida, e não representa na absoluto a Bolívia (“Línea Aérea Mérida Internacional de Aeronavegación”), converteu se da noite á manhã numa empresa fantasma boliviana graças a uma associação delituosa de Quintana com seus ex camaradas da FAB —o seja o grupo do general Vargas Gamboa— para favorecer aos donos reais e originais de Lamia: o conhecido estafador venezolano-espanhol Alberto Ricardo Albacete Vidal e o narcotraficante chinês Sam Pa, cujo nome real é Xu Jinghua.
Lamia fui fundada o ano 2009 com dinheiro proveniente do narcotráfico que Sam Pa entregou ao venezolano, seu testa de ferro, para comprar inicialmente três naves, uma das quais é a que se estrelou na Colombia com o plantel do Chapecoense. O projeto original foi construir uma forte companhia aérea bandeira do Estado de Mérida com uma frota de 15 naves, e com tal perspectiva o governo de Hugo Chávez á respaldou abertamente; embora o Regime Bolivariano só outorgou licencia para voos domésticos para integrar o Estado de Mérida com o resto do território de Venezuela. (O seja que Lamia “original” náo tive licencia para operar internacionalmente ainda no seu país de origem).
O ano 2014 Xu Jinghua, vulgo Sam Pa, foi denunciado pela Justiça Federal dos Estados Unidos como um mafioso do alto perigo por seus nexos com organizações do narcotráfico e terrorismo, e no outubro de 2015 o Governo de China ao mandou pra a prisão em cumprimento duma resolução do Comité Contra a  Corrupção do Partido Comunista Chinês. Então já não tinha disponível o dinheiro para comprar os 15 aviões que Albacete prometeu ao Governo de Venezuela. E para colmo as três naves inglesas com as quais Lamia iniciou operações no ano 2010 resultaram inservível. Ficando seu sócio chinês na cárcere, Albacete não tinha dinheiro nem para reparar essas pequenas naves que só podiam voar como taxis aéreos nas rotas cortas.
O sucesso e o futuro de Lamia dependiam umbilicalmente do mafioso chinês, de quem Albacete era apenas um de seus testa de ferros.

Este é Sam Pa, ou Xu Jingua, vinculado ao narcotráfico. Com seu dinheiro compraram se os três aviões de Lamia que agora fican na Bolivia. | Foto archivo Sol de Pando
Vente anos atrás, Xu Jingua (ou Sam Pa) era um funcionário com rango diplomático na República Popular de China, com a missão  –ao mando da estatal “China Investment Fund” (CIF)— de abrir mercados y projetos de envergadura que permitam a expansão de empresas estatais chineses no países do ocidente, especialmente Europa e América Latina, além África.
Sam Pa aproveitou essa missão oficiai para beneficio pessoal. Tomou controle direito de varias daquelas empresas estatais, as quebrou para transformar a elas em empresas mistas das quais ele mesmo ficara como principal acionista. Então ergueu se num poderoso magnate, associado com outro turvo multimilionário, o húngaro George Soros, conhecido manipulador bursátil. Ambos, Sam Pa e George Soros, controlam as bolsas de valores em Voncouver, Canadá.
Muitas das empresas fundadas por Sam Pa realizam obras civiles de grande envergadura como a construção de hidroelétricas, rodovias,  infraestrutura mineira y petroleira, estruturas portuárias e ferroviárias no países como Argentina, Equador, Bolívia, Brasil, Venezuela e Nicarágua no Latino América, assim como em Zimbawe, Angola, Camerún e Senegal no África, e Guinea, Tanzania e Magadascar na Oceania.
Especialistas do âmbito financeiro estimam que Sam Pa é dono de pelo menos 200 companhias disseminadas no mundo. Muitas delas são “off shores” assentadas nos paraísos fiscais de Panamá, Bahamas e Ilhas Caimán. Tem baixo seu mando um exército de testa de ferros, Ricardo Albacete entre elos.
No Latinoamérica, a mais conhecida companhia ligada aos capitais de Sam Pa é, entre outras similares, Sinohydro Corporation, a mesma que opera no África com o nome de Sino Zimbaye, país donde também incursionou na exploração de diamantes e trafico de armas, sacando vantagem da guerra africana. Pelo isso, Estados Unidos ao acusa de terrorismo.
Na Espanha é conhecido como o “Onassis chinês”. Lá fundou um conglomerado naval liderado por China Sonangol International Holding Ltd., estreitamente colaborado por Ricardo Albacete, a quem Sam Pa ajudou financeiramente com a criação de Lamia no 2009.
Resultou evidente que o dono e fundador de Lamia era um vulgar testa de ferro do mafioso asiático. Numa entrevista que difundiu se no ano 2011, Albacete —sem imaginar que Xu Jingua, o seja Sam Pa, seria preso quatro anos depois— jactou se de ter como sócio financeiro na sua aero linha ao suspeito magnate chinês. “É uma empresa de todos os cidadãos de Mérida. Minha família e eu temos o capital inicial, com ajuda de investimentos chineses. Trata se dum inversor chinês com muito dinheiro. Eu já fez negócios na China. É apoja nos um pouco com esta operação. Chama se Sam Pa e também inverte no Angola”, revelou o estafador venezolano-espanhol.
Mas no 2015, com seu sócio detrás as rejas, Albacete ficou privado dos capitais sujos que necessitava de Sam Pa para desenvolver seu ambicioso projeto no Estado de Mérida. Já não havia o dinheiro pra lavar comprando os 15 aviões prometidos ao governo de Hugo Chávez e Lamia, pelo tanto, reduziu se quase á nada. Além, segundo informa para nos um jornalista e militante chavista desde Caracas, quem prefere o anonimato, Ricardo Albacete enfrenta muitas acusações de estafa na Venezuela, incluso por parte do Governo de Nicolás Maduro, razão pelo qual, sendo galego de nascimento, atualmente mora na Espanha fugindo dos seus credores.
Antes de fugar a Espanha, Albacete convenceu ao Ministro da Presidência da Bolivia, Juan Ramón Quintana, “transformar” seu companhia formada no Estado de Mérida —a ponto de quebrar de jeito iminente depois da debacle do chinês Sam Pa— numa aero linha “boliviana”.

O super-Ministro que usurpa o “processo de mudanza”

O poder quase absoluto que Evo Morales delegou no seu Ministro da Presidência conferiu a Quintana um controle político e administrativo que vai mais lá do área de Inteligência e Segurança. Este ex major do Exército é praticamente dono de tudo o gabinete no Poder Executivo, além do Ministério Público (Fiscalia Geral do Estado) e os organismos armados (Forças Armadas e Polícia). Todos os ministros de Evo Morales —exceção aparente dos ministros de Governo Carlos Romero Bonifaz e de Obras Públicas Milton Claros Hinojosa— devem seus cargos como ministros a Quintana.
O exemplo mais visível desta dependência direita do “quintanismo” na estrutura do Gabinete governamental boliviano é o Ministério de Comunicação, o favorito de Quintana. As dois últimas  ministras desta carteira, Amanda Dávila e Marianela Paco, totalmente submissas a ele, não adotariam nenhuma decisão sem consultar previamente a Quintana, ao qual referem lhe como “chefe”. Por exemplo, é Quintana, e náo a Ministra de Comunicação, quem decide qual dos médios jornalísticos na Bolívia podem ou não receber publicidade do Estado.
Outra carteira ministerial sob a qual Quintana exerce absoluto controle é o Ministério da Defensa, desde onde o Ministro da Presidência acumulou intensos vínculos sob a base de prebendas e submissões indignas no setor castrense do qual ele emergiu na vida política do país. É Quintana, por sob o próprio presidente Evo Morales, quem determina cada ano a Ordem Geral de Destinos violando inclusive a Lei Orgânica das Forças Armadas, pelo  qual as cúpulas castrenses da Bolívia ficaram baixo seus pés. O ministro Juan Ramón Quintana é o único funcionário civil que exerce um ativo e perigoso mando de tropa na Bolívia.
Começando pelos ministros e vice-ministros, o pessoal hierárquico, técnico e operativo nos demais ministérios claves —como os de Energia e Hidrocarburos, de Minería, de Planeamento e de Economia— foi designado pela recomendação e aval pessoal de Juan Ramón Quintana, devido a sua estreita e privilegiada relação com o Presidente. Sua influencia subterrânea não limita se á designação de cargos, abarca sobre tudo a imposição de milionários projetos e contratos em grande parte lesivos aos interesses do Estado e de os quais o presidente Evo Morales não sempre toma conhecimento.
Esta sobredose de poder que enlouqueceu a Quintana, fez que ele ergue se no principal estrategista eleitoral e de proselitismo permanente que aponta a eternizar este perverso esquema político —o “quintanismo”—, utilizando a imagem e figura popular de Evo Morales como seu cavalo de troya pra ganhar votos.
Em tanto máximo chefe de campanha em cada processo eleitoral, Quintana recebe dinheiro extorquindo aos empresários nacionais que se vem forçados someter se a seus desígnios ou de contrario cair na ruina sofrendo represálias legais e impositivas; e no esse mesmo afã extorsivo com fines eleitorais Quintana não vacila em vincular se como organizações mafiosas e tradicionais setores corruptos da politica boliviana, da ultra direita, os quais agora são ferventes militantes do partido governante e que não obstante seu habitual racismo, declaram se mais “evistas” que o mesmo Presidente indígena, reproduzindo o discurso adulador e hipócrita de Quintana. Nos negócios turvos e na política perversa, tudo vale.
Nesse contexto, foi o ministro Juan Ramón Quintana o responsável direto no Governo pra a chegada irregular da empresa venezolana Lamia a Bolívia.

Os desarranjos de Quintana na Direção da Aeronáutica Civil

A fines do 2014, concretamente em novembro, dos anos antes da tragédia do Chapacoense, na Bolivia o ministro da Presidência Juan Ramón Quintana recebeu no seu despacho a visita de empresário venezolano Carlos Gill, dono de varias empresas de transporte e comunicação que operam neste país. O novo “zar” do sistema privado das ferrovias bolivianas, foi o encarregado de tender o ponte entre o poderoso Ministro e Ricardo Albacete Vidal. Nessa reunião entre Gill, Albacete e Quintana, acordou se salvar a Lamia fundando uma “filial” na Bolívia, a qual nos feitos iria ser uma empresa fantasma.
Segundo uma fonte do Ministério da Presidência que fez contato com Sol de Pando, no curso daquela reunião com Gill e Albacete, Quintana planteou a “brilhante ideia” de ajudar ao venezolano com uma ousadíssima formula dolosa: fundaria se uma empresa nominal na Bolívia, só no papel, conservando o nome de Lamia, a mesma que alugaria os aviões de Albacete pra realizar voos internacionais como única maneira de garantir um crescente fluxo de caixa. De tal jeito, Lamia-Bolivia é apenas um NIT (registro tributário) e nada mais uma sigla inscrita no Fundempresa. Não tem um só avião no seus ativos. O Ministro boliviano assegurou ter “sua gente” para colaborar nesse turvo empreendimento, em referencia ao general Gustavo Vargas Gamboa e seus cunhados, todos elos aviadores militares da FAB.

Luis Coimbra, o diretor da DGAC que foi afastado do cargo ao negar se autorizar a Lamia voos internacionales. Dizia que Lamia só poderia operar como taxi aéreo cobrindo rutas internas. | Foto archivo Sol de Pando
O 10 de novembro de 2014, o então Diretor Geral da Aeronáutica Civil (DGAC), general José Luis Coimbra Busch, anunciou oficialmente que Lamia havia iniciado o tramite para obter o Certificado de Operação Aérea; porém, contradizendo a Quintana, o tramite de Lamia seria admitido somente como “pequeno operador” na Bolívia. O executivo da DGAC precisou que essa companhia aérea venezolana, ao igual que a boliviana EcoJet, só poderia operar dentro o território nacional como “taxi aéreo”, de acordo ao modelo e capacidade das naves que Lamia informou ter na sua frota de três naves charter. Eram do tipo Jet Regional (JR) concebidos só para voos domésticos.
Há solicitudes, mas recém vai elas no processo de certificação, temos uma estrangeira e uma nacional. A estrangeira é uma venezolana, Lamia. São pequenos operadores, como taxis aéreos“, declarou Luis Coimbra á agência estatal de notícias ABI. Segundo remarcou o então Diretor da DGAC, no caso de chegasse a aprovar se os tramites de Lamia e EcoJet, “as dos novas companhias aéreas tivessem que operar a pequena escala e não no transporte comercial massivo de passageiros, muito menos em voos internacionais”. Era ao que legalmente correspondia.
Porém, Albacete reclamou a Quintana por essa restrição que marcou Luis Coimbra, e o Ministro da Presidência pressionou até que o honesto servidor público foi afastado do cargo. O Ministro exigia a Coimbra, além, acelerar a aprovação para a venezolana Lamia e ao mesmo tempo postergar indefinidamente a solicitude da boliviana EcoJet, a qual, segundo Quintana, era uma empresa “formada por direitistas e pro imperialistas” (nesse momento um dos principais acionistas de EcoJet era o capitán Miguel Quiroga Murakami, genro do senador Roger Pinto, exilado no Brasil desde o 2013).
Finalmente, Luis Coimbra renunciou á DGAC em julho de 2015, e Quintana —entrando em roces com seu colega de Obras Públicas Milton Claros, o Ministro responsável do área—, imporem no cargo ao general de Brigada Aérea Virgilio Édgar Pereira Quiroga, quem foi o encarregado de fazer cumprir ao acordado entre Albacete e o Ministro boliviano.

O 7 de julho de 2015, arreganhando os dentes, o ministro Milton Claros tomou juramento ao home de Quintana na Direção Geral da Aeronáutica Civil, general VirgilioPereira, em substituição do general Luis Coimbra. | Foto ABI
O 7 de julho de 2015, arreganhando os dentes, o ministro Milton Claros tomou juramento ao home de Quintana na Direção Geral da Aeronáutica Civil.
O 30 de julho, apenas três semanas depois, o novo Diretor da DGAC emite a Certificação Nro. 050-AOC-119 que autoriza a Lamia, com caráter de tempo indefinido, “realizar serviços aéreos não regulais, domestico e internacional de transporte de passageiros, carga e correio, segundo se define nas especificações relativas as Operações (OPSECS) que se anexam, de conformidade com seu Manual de Operações, a Lei Nro. 2902 e a Regulamentação  Aeronáutica Boliviana (RAB), Partes 121/119”. Esta licencia para matar leva a assinatura do general de Brigada Aérea Virgilio Edgar Pereira Quiroga.

A Licencia de Operações emitida no 30 de julho de 2015, com carácter de tempo indefinido, a pouco da designação do general Virgilio Pereira. | Foto archivo Sol de Pando
A única nave que Lamia-Bolivia logrou habilitar —das três que ficaram com a obrigação de alugar do estafador Albacete— poderá sair dos céus bolivianos e efetuar voos internacionais somente estirando ao máximo seu autonomia do voo e carregando “a full” seu combustível, com o resgo latente e iminente que a gasolina esgote se em pleno voo ante qualquer imprevisto, ou tenha uma explosão no ar por sobrecarrega nos tanques, dependendo do azar.
De esse jeito, o ministro Juan Ramón Quintana logrou colocar nos céus uma roleta russa voadora.
Para cerra o circulo, seguindo as ordenes do Ministro mentor, Virgilio Pereira também designou como Diretor de Registro Aeronáutico Nacional a Gustavo Steven Vargas Villegas, filho do general Gustavo Vargas Gamboa, o representante oficial de Lamia em Bolívia, o seja o contato direito com o “alugador” Ricardo Albacete Vidal. (Poucos meses depois, o Ministério da Transparência denunciou ao general Virgilio Pereira por uso indevido de patrimônio do Estado: utilizava veículos e motoristas da DGAC para transportar a sua família em assuntos domésticos).

O general Tito Gandarillas, outra “ficha” de Quintana no poder militar de Bolivia. Assumiu a Direção de Aasana em dezembro de 2015 para avaliar a ilegal instalação de Lamia em nosso país. | Foto archivo Sol de Pando
O seguinte passo de Quintana fui reforçar seu controle na Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares á Navegação Aérea (Aasana), entidade que também participa na qualificação de aeronaves para emitir licencias de operação. Neste caso, o Ministro convocou ao general da Força Aérea Tito Roger Gandarillas Salazar —outro chefe castrense do circulo intimo de Quintana— assumindo o cargo o 16 de dezembro de 2015.
Lembremos que sendo Comandante da FAB em setembro de 2012, o general Tito Gandarillas ordenou (sobre passando a autoridade da então Ministra da Defensa) o deslocamento dum avião de guerra cargueiro (o Hércules) até a zona de Chaparina para sequestrar (“evacuar” segundo o militar) a os centos de dirigentes indígenas que chefiaram uma multitudinária marcha em defensa do Território Indígena do Parque Nacional Isiboro Sécure (Tipnis) na Amazônia boliviana, ante a ameaça dum projeto rodoviário promovido pelo mesmo Quintana para favorecer á empresa construtora OAS do Brasil. Despois dessa ação repressiva, Gandarillas ascendeu ao cargo máximo de Comandante em Chefe das Forças Armadas da Bolívia, premiado por Quintana já aquela vez.
Foi assim como o principal chefe de campanha do Referendum Constitucional —celebrado do 21 de fevereiro deste recente ano—, Juan Ramón Quintana, acelerou e forçou todos os tramites necessários para a consolidação da “transferência” de Lamia na Bolivia antes desse plebiscito, com a finalidade de cobrar um suborno que Ricardo Albacete ofereceu como “contribuição” para essa campanha eleitoral em curso. Faltava somente a aceitação da Autoridade de Telecomunicações e Transportes (ATT), organismo regulador que também caiu nas mãos de Quintana.

No 17 de novembro Evo Morales viajou no perigoso avião de Lamia num voo promocional auspiciado pelo Ministro da Presidência. Assim manipula Quintana ao Presidente. | Foto internet
Finalmente, o 13 de janeiro de 2016, exatamente um mês antes do Referendum Constitucional, a ATT autorizou a Lamia Corporation SRL prestar “serviços de transporte aéreo comercial de passageiros, carga a nível nacional e internacional como operador não regular até o 30 de julho de 2020”.  Esta resolução ilegal leva a firma do então Diretor Executivo da ATT, César Carlos Borth Urquizo, quem ocupou o cargo de junho do 2015 até agosto do 2016.
Em sínteses, aqueles que devem responder por haver outorgado a Lamia uma licencia para matar, facilitando em nome do Estado Plurinacional de Bolívia —de jeito totalmente ilícito e irresponsável— uma autorização indefinida para efetuar voos internacionais quando as normas e a logica diziam que os aviões de Lamia só poderiam realizar voos locais com categoria de taxi aéreo, são, além o ministro da Presidência Juan Ramón Quintana Taborga, o ex diretor da DGAC general de Brigada Aérea Virgilio Edgar Pereira Quiroga, o ex diretor de Registro Aeronautico Nacional Gustavo Steven Vargas Villegas, o ex diretor de Aasana general de Brigada Aérea Tito Roger Gandarillas Salazar e o ex Diretor Executivo da ATT, Carlos César Borth Urquizu.
Assim mesmo, o general de Brigada Aérea Gustavo Vargas Gamboa e o coronel da FAB Marco Antonio Rocha Venegas devem explicar ao país sobre os tratos que tiveram como o estafador venezolano espanhol Alberto Ricardo Albacete Vidal para oficiar como representantes e gerente de Lamia na Bolívia.
E, obviamente, Ricardo Albacete  deveria ser extraditado para que nos explique por que diabolôs teve a ocorrência de trair seu lixo aéreo á Bolívia e quanto pagou a Juan Ramón Quintana para cometer tão criminal negocio.

Dentro a mesma nave que voou com o Chapecoense. Quintana ordenou ao Governador do Beni contratar a Lamia para vincular públicamente com o Governo de Evo Morales no afã de legitimar seu criminal negociado. | Foto internet
Depois de acontecer a espantosa tragédia do Chapecoense o passado 28 de novembro, Evo Morales declarou, com uma sinceridade da qual no desejamos ter dúvidas, que desconhecia a entrega de aquela Licencia de Operações tão fora de serie em favor de Lamia. Segundo ABI, o presidente Morales “ficou com surpresa quando foi informado sob a autorização que obterem Lamia na Bolivia, pois nos outros casos similares, como por exemplo a autorização á empresa EcoJet, foram informados o Presidente, o Vice-presidente e o gabinete ministerial”. Não foi a primeira vez que Quintana tomou decisões dessa magnitude ao margem do Presidente, em abuso da confiança que Evo deposita cegamente no seu Ministro favorito.
O pasado 17 de novembro Quintana levou a Evo passear num voo de Lamia com fines propagandísticos e para reforçar a imagem corporativa da nova aero linha “leal ao processo de mudanza”, ordenando ao Governador do Beni (“sua gente”) pagar esse custoso voo. E Albacete se esfregava as mãos no seu guarida de Galicia.

Miguel Quiroga: ¿de “pão branco” a “bode expiatório”?

È aparentemente inexplicável que um membro conotado da família do senador Roger Pinto, exilado no Brasil como sequela da massacre de Porvenir no Pando (tragédia causada pessoalmente por Quintana o 11 de setembro de 2008) fique, cruel paradoxo, sendo parte do esquema quintanista.
Miguel Quiroga Murakami —cujo filho primogénito chama se Roger, como o avó— morreu junto as outras 70 vítimas letais no voo do Chapecoense como o estigma de haver sido “piloto e dono do avião”, ao qual agravou a condena pública internacional que mostra a ele, sobre tudo depois das declarações na Bolívia lançadas pelos sócios de ele Vargas e Rocha, como o único y direito responsável da tragédia.
¿E como foi que o opositor Miguel Quiroga, genro e correligionário de Roger Pinto, ficou trabalhando para esta empresa “chavista” e quintanista como um sócio ativo? Ainda são desconhecidos detalhes relevantes sob a constituição e o pacote acionário desta empresa na Bolívia, corresponde ao Ministério da Transparência esclarecer. Mas fica claro que ao ter no seu patrimônio pequenas oficinas em Santa Cruz e Cochabamba e um pessoal limitado a apenas 14 membros, contando ao piloto, copiloto e demais tripulação dirigidos  administrativamente por o general Gustavo Vargas, sua capacidade de gestão é mínima frente á envergadura do serviço prestado com um avião alugado para cobrir rotas internacionais).
Sol de Pando tomou contato com alegados da família Quiroga Pinto na Cobija e todos elos coincidem que o capitão Miguel Quiroga haveria sido enganado e estafado pela turma do general Vargas Gamboa, especialmente pelo cunhado de ele, o coronel marco Antonio Rocha Venegas, responsável de elaborar os planos de voos e itinerários.

“O Marco Antonio Rocha inicialmente tentou convencer ao Micky para fusionar EcoJet com Lamia; mas aos demais executivos de EcoJet descartaram essa possibilidade ao constatar que Lamia era uma empresa venezolana vinculada ao chavismo, acreditaram que seria uma aliança muito ruim, conflitiva e de alto resgo”.
O testemunho que nos logra obter, é ao seguinte:
“O Micky e Marco Antonio eram muito amigos, conheceram se no Colegio Militar de Aviação e trabalharam juntos no TAM por muito tempo” —disse a fonte. Segunda esta versão, Miguel Quiroga haveria participado na criação da empresa EcoJet, mas o Governo haveria frenado esse projeto negando e postergando as licencias para seu despegue definitivo. “Isso ao ficou muito apenado e frustrado, porque com EcoJet havia muita incerteza e ele necessitava manter sua família, sua terceira criança nasceu poucos meses atrás…”.
Foi então que o coronel Marco Antonio Rocha, seu antigo condiscípulo e colega de muitos anos, fez a oferta fatídica: que abandone EcoJet e fique em Lamia.

“O Marco Antonio Rocha dizia ao Micky que não seja tonto, que não siga os passos de seu sogro, que pense no seus filhos, além que graças as influencias de alto nível no Governo, o cunhado de FFFA, o general Gustavo Vargas, e com o apoio internacional desse venezolano Albacete que ofereceu a compra de três novos jets, o projeto de Lamia contava com mercado assegurado e o crescimento da empresa chagaria aos níveis do LAB, Aerosur ou BoA. Falou também que já estivem feitos os amarres com a Conmebol para ser transportadores oficiais da Copa Sudamericana de Futebol e isso terminou por convencer a ele, pois EcoJet não poderia ter essas oportunidades..”.
O Marco Antonio Rocha  inicialmente tentou convencer ao Micky para fusionar EcoJet com Lamia; mas aos demais executivos de EcoJet descartaram essa possibilidade ao constatar que Lamia era uma empresa venezolana vinculada ao chavismo, acreditaram que seria uma aliança muito ruim, conflitiva e de alto resgo”. Mas Rocha insistiu e finalmente planteou a Miguel Quiroga entrar a Lamia como sócio acionista, ao qual garantiria a ele um bom margem de ganancias. “Ao principio o Micky vacilou muito, não deixava de expressar seus reparos por trabalhar numa companhia vinculada a um regime, o chavismo, do qual não é nem poderia ser partidário. Ele ainda estava muito bravo e doido com a injusta situação do seu sogro, tão assim que quando Roger Pinto partiu pra o exilio no Brasil, o Micky abandonou Cobija onde morava com sua mulher e seus filhos, para ficar na Epitaciolandia, no outro lado da fronteira, pra ficar mais cerca do sogro”, revela a fonte alegada.
É aí onde é encaminhado o consabido método extorsivo de Quintana, o qual poderia ser resumido deste jeito: “Se te sumas a mim e fazes ao que ordene eu, terá riquezas e muitos privilégios, terá bom viver; porém, se você opor se e de mim deslindas, você perecerei e o sofrer ficará na tua família. Tudo meu escarnio cairá sob você”. Com tão método o quintanismo rodeo se do mais granado da direita boliviana. Cada vez que seus inimigos políticos subjugam se e ficam trabalhando para ele, Quintana —patético e patológico—, sente se um Marechal.

Miguel Quiroga Murakami, o piloto acreano, quando fui cadete no Colegio Militar de Aviação. Sendo um piloto comercial com bom sucesso, abandonou a vida castrense com o sonho de ter sua própria companhia de aeronavegação civil. | Foto archivo Sol de Pando
“O Marco Antonio Rocha dizia ao Micky que não seja tonto, que não siga os passos de seu sogro, que pense no seus filhos, além que graças as influencias de alto nível no Governo, o cunhado de FFFA, o general Gustavo Vargas, e com o apoio internacional desse venezolano Albacete que ofereceu a compra de três novos jets, o projeto de Lamia contava com mercado assegurado e o crescimento da empresa chagaria aos níveis do LAB, Aerosur ou BoA. Falou também que já estivem feitos os amarres com a Conmebol para ser transportadores oficiais da Copa Sudamericana de Futebol e isso terminou por convencer a ele, pois EcoJet não poderia ter essas oportunidades”.
No entorno familiar de Miguel Quiroga enfatizam que ele, não obstante figurar como acionista da empresa, ele não tiver nenhuma capacidade pra decidir. ”O Micky era principalmente e nada mais que o piloto, as decisões administrativas e financeiras ficaram nas mãos de Gustavo Vargas em tanto Director Geral e o Marco Rocha como Chefe de Operações, o Micky não tinha nenhum cargo executivo nem gerencial“.
Segundo o testemunho, pronto Quiroga descobriu que tudo ao oferecido por seus camaradas de la AFB não era realmente factível. “Antes do acidente já aconteceram discrepâncias entre o Miky e Gustavo Vargas que fornecia demasiadas restrições na planificação e no desenvolvimento normal nas atividades da companhia aérea. Náo foi o Micky quem decidiu fazer o ultimo voo com o combustível demasiado ajustado á distancia e o tempo de voo, foi Vargas quem forçou voar com esse risco. E não foi a primeira vez. O mesmo Marco Antonio piloteou uma viagem da Copa Sudamericana estirando a full o combustível. Tem que pesquisar todo isso. A sorte ruim do Micky é que aquela noite a torre de controle não permitiu aterrissar a tempo e nesse lapso no qual deram prioridade a outro avião, acabou se o combustível faltando muito poucos minutos para chegar ao aeroporto de Rio Negro”.
Mas, em rigor, o letal risco nasceu quando o Ministro da Presidência fez possível que a estafa pudesse chegar de Venezuela até Bolívia violando leis nacionais, para proteger os torvos interesses de Albacerte e Sam Pa, os donos reais de Lamia e seus três aviões de morte ruim.
ACUSACIÓN FORMAL
Yo, Wilson Franz García Mérida, periodista boliviano desterrado en el Brasil desde hace más de seis meses a causa de un supuesto delito de sedición (instigación al alzamiento armado) que jamás cometí, y por lo cual tengo orden fiscal de encarcelamiento en mi país, acuso con toda convicción al Ministro de la Presidencia de Bolivia, Juan Ramón Quintana Taborga —cómplice indiscutible del estafador venezolano Ricardo Albacete y del mafioso chino Sam Pa, dueños reales de Lamia— de ser el principal responsable de aquella tragedia que estremeció al mundo y enlutó injustamente a nuestro pueblo latinoamericano.
Este hombre es un asesino. El poder lo ha enloquecido.
Pido a los organismos internacionales competentes investiguen a fondo las circunstancias bajo las cuales la empresa venezolana denominada “Línea Aérea Mérida Internacional de Aeronavegación” (Lamia) logró establecer una filial fantasma en Bolivia para alquilar sus inservibles naves.
Pido también que el Ministro de la Presidencia de Bolivia sea convocado a comparecer ante estos organismos internacionales para aclarar o deslindar su grado de participación en los trámites administrativos y procedimentos técnicos que, a causa de sus irracionales y autoritarias decisiones políticas, posibilitaron una irregular actividad aeronáutica en Bolivia que derivó en la descomunal tragedia del 28 de noviembre.
Rio Branco, 3 de diciembre, 2016

Quintana y sus microgolpes de Estado

“JR” Quintana —que sirvió como asesor presidencial en el Gobierno del ex dictador Hugo Banzer Suárez— detenta hoy más poder que el presidente Evo Morales y el vicepresidente García Linera juntos, elegidos constitucionalmente por el voto popular. Cuando fue militar activo, Quintana se especializó siendo alumno de las Escuela de las Américas en tareas de infiltración y contra-información.
Esa pericia militar le ha permitido desarrollar una gradual “guerra de posiciones” al interior del gobierno de Evo Morales mediante una serie de micro-golpes de Estado, induciendo conflictos sociales y manipulando la información (ello explica su obsesión por controlar a la prensa y convertir a los periodistas en sumisos soldaditos bajo su mando) hasta niveles extremos como en la matanza de Porvenir, la represión de Chaparina, los conflitos cocaleros en Apolo, la ruptura con los mineros cooperativistas, motines policiales y militares, etcétera, que terminan debilitando la gestión y la imagen de Evo Morales, pero fortalecen personal y políticamente al Ministro de la Presidencia, para quien toda solución final “eficaz” pasa por la militarización del conflicto.
Tras cada conflicto que induce a extremos de letal gravedad, Quintana sale más fortalecido. Y si en este proceso de deterioro inducido el país llegara a sufrir una crisis irresoluble de ingobernabilidad y se alejara para siempre la posibilidad de la re-elección, la inminente salida sería un golpe o autogolpe de Estado encabezado por el mismo Quintana. Tal su objetivo final.
No es casual que tras cada conflito social que estalla en Bolivia, Evo Morales intuye que en el transfondo de esos disturbios hay un gople de Estado. Por ejemplo durante el último conflicto librado con los cooperativistas mineros, en agosto, el Presidente declaró “Otra vez, el gobierno nacional derrotó un golpe de Estado. De eso estoy convencido“. Mas de lo que también debería convecerse nuestro principal gobernante es que tales golpes se los propina desde adentro su mimado Ministro de la Presidencia.