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sábado, 26 de novembro de 2016

          Denuncia: Empresa portuguesa protegida do PT devasta floresta, demite 200 e “vaza” do AC com R$ 1,5 bilhão em mogno

25 de novembro de 2016



Empresa teve o aval total do governador Sebastião Viana na época - Foto: divulgação/internet
Empresa teve o aval total do governador Sebastião Viana na época – Foto: divulgação/internet
No ano de 2014, através de um programa de rádio na fronteira, o comerciante Joaquim Lima e o colunista Dimas Gurgel, comentaram durante uma semana sobre uma empresa de origem portuguesa, a Agrocortex, que havia se estabelecido no município de Manuel Urbano, prometendo ser um dos maiores investimentos já visto no estado do Acre.
A notícia na época, percorreu os meios de notícias do Estado e até nível nacional. Todos esse investimento teve o total apoio do governador Sebastião Viana (PT), seus secretários e deputados da base.

Vale frisar que, esse contrato de ‘mui amigos’, dava um aval fiscal durante um longo período de tempo, para explorar a floresta do Estado, dando isenção para poder tirar o mogno, madeira essa que está em extinção no Brasil e tem sua retirada proibida no Brasil.
Segundo Lira, essa empresa ‘só iria retirar o mogno da região e não cumprira com suas obrigações, causando um prejuízo para o Estado e a natureza, incalculável’. Por essas e outras observações, foi dada várias oportunidades para algum representante do Governo, ou da empresa, se defender. Mas, nunca apareceram.
Passado dois anos, o jornalista Assem Neto, através do seu jornal eletrônico ‘Veja de tudo’, denunciou que a empresa, sumiu do Estado com um lucro de mais de R$ 1,5 bilhão em mogno, demitiu 200 funcionários, além de deixar uma devastação florestal.
Veja a matéria abaixo.

Empresa portuguesa protegida do PT devasta floresta, demite 200 e “vaza” do AC com R$ 1,5 bilhão em mogno

Assem Neto
Assim como chegou à cidade de Manoel Urbano (AC), em 2014, sem dar satisfação à comunidade local, a madeireira portuguesa Agrocortex se prepara para ir embora, levando uma fortuna extraída sem controle da floresta. A empresa está deixando o Acre com 450 mil metros cúbicos de mogno, após causar uma devastação imensurável. Por lei, a Agrocortex devia cumprir a sua obrigação de reflorestar a área explorada. O pacto com o Governo do Acre na gestão do PT era para promover o desenvolvimento social e econômico do município com geração de emprego e renda.



Reuniões no gabinete do governador Sebastião Viana, com representantes da empresa portuguesa Agrocortex - Foto: Divulgação/internet
Reuniões no gabinete do governador Sebastião Viana, com representantes da empresa portuguesa Agrocortex – Foto: Divulgação/internet
O mogno, até então, com a exploração proibida desde 2003, por se tratar de uma árvore em extinção no Brasil, teve o corte liberado pelos governos federal e acreano, por meio de um “plano de manejo madeireiro” localizado no seringal Novo Macapá, à margem direita do Rio Purus, na divisa entre Acre e Amazonas.
Com a venda da madeira ao preço de US$ 3.000 (três mil Dolares) no mercado internacional, a empresa estrangeira chegou a lucrar US$ 1.350.000.000 (um bilhão, trezentos e cinquenta milhões de dolares) em apenas três anos de atividade extrativista no Município de Manoel Urbano.
Com esse dinheiro em caixa, a madeireira recolheu o maquinário, dispensou mais de 200 empregados que havia contratado quando chegou à cidade e retirou seus diretores do escritório local. “O que eles falaram para a gente era que o trabalho não estava dando lucro. Iriam fechar o projeto de manejo e por isso estavam demitindo a gente”, disse um operador de retro-escavadeira demitido pela agrocortex no mês passado.
foto-tia%cc%83o-madeiraDesde então não se vê mais os diretores  da Agrocortex no escritório da empresa na cidade de Manoel Urbano. Eles não são encontrados, também, no escritório que a empresa mantém em  Rio Branco, na rua Laranja, bairro São Francisco. Eles, também, não atendem ao telefone para dar explicações sobre o abandono do projeto de manejo florestal em Manoel Urbano.
Um mês antes da demissão em massa na Agrocortex, os diretores da empresa, representados pelo engenheiro florestal Rui Ribeiro, estiveram na Secretaria de Fazenda do Acre clamando por redução nos impostos e pedindo mais incentivo fiscal do governo, no entanto teriam recebido não como resposta.