Podemos entender como honra ao conjunto de qualidades morais, intelectuais, físicas, além de outras que ocorrem para o mérito do indivíduo no meio em que vive e\ou atua, e está diretamente ligada ao caráter, e este é o vínculo com as relações humanas.
O homem é imbuído pela honra e revestido pela dignidade, e quando uma ou ambas lhes faltam, estará presente uma fraqueza de caráter, e terá como resultado um iminente perigo social.
É desconcertante a realidade com que a nossa sociedade se depara, revestida de incompatibilidades e discrepâncias das mais diversas e mesquinhas, e num abandono total da dignidade, cada qual busca o fácil, o desonesto, o oportuno e o vantajoso. “O homem como predador do próprio homem”. Enquanto se deveria viver as ocorrências e conseqüências da vida em comum, num empenho da concretização de uma vida bem melhor, mais igualitária e justa.
Nosso país está passando um dos piores momentos em relação àqueles que deveriam trabalhar e fiscalizar com severidade e justiça a aplicação do produto fruto do esforço e anseio de cada um de nós. A disciplina vem é no sentimento do dever. A dignidade moral não era para ter preço, pois o homem desonrado deveria ser pior que um homem morto. Aos sábios cabe ver em desventuras alheias o que deve ser evitado. “A honra era para por um lavrador de pé e um rico de joelhos”.
“O silêncio e a falta de coragem das pessoas de bem contribuem para o aumento da desonra”. Cabe aos homens de bem lutarem por seus espaços para que os mesmos não sejam preenchidos por patifes que posam de honrados.
Como dizia Rui Barbosa “De tanto ver as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra de ser honesto.”.